Friday, March 31, 2017

A Viagem

Estou retornando de uma viagem em um carro com outras três pessoas. Conversamos de forma animada. Daí começo a fazer massagem no rapaz que está na frente, no banco do carona. Ele diz que gosta demais daquilo e daí paro um pouco hesitante. Mais um tempo depois e eu volto a fazer. A expressão dele de felicidade é visível e ele desata a falar do quanto gosta daquilo e se eu continuar daquele jeito ele vai ficar ainda mais encantado comigo.

Ele me diz que aquela foi a melhor viagem da vida dele. Porque ele gosta muito do grupo e que ele pode finalmente quebrar tabus em relação a estar junto de outro homem. Daí relembramos, em flash back, do momento em que dividimos a mesma barraca e nos abraçávamos e fazíamos carinho. Eu digo-lhe que não sabia que ele era tão carinhoso. Ele diz que sim, que era (daí faço um carinho no rosto dele) e que gostava muito, mas que por falta de oportunidade, ele não fazia isso e por conta do tabu que envolve dois homens. Eu tenho tesão nele, mas reconheço que tudo que acontece ali não tem necessariamente um caráter sexual, mas de afeto.

O sonho corta e estou em casa e recebo a visita do fiscal da Enel em casa. Ele me diz que vai instalar uma torre no meu terreno. Daí conversamos sobre a curvatura dos cabos de transmissão de energia, ele me explica como é aquilo e de que as bolinhas indicam a direção do caminho da energia. Um homem aparece explicando que os cabos dos postes são os mesmos, tanto para quem está recebendo energia da concessionária, como para aqueles que estão devolvendo o excedente de energia (como as pessoas que possuem energia solar) de volta pra Enel e que na verdade está havendo uma padronização dos cabos justamente pra poder tanto enviar como receber essa energia.

Eu comento com o fiscal que aquele poste que está no terreno é um de transmissão de energia e que em tese deveria ficar do lado de fora, como aqueles que vemos em estrada, já que meu uso é doméstico. Ele me diz que de fato são parecidos, mas que aquela torre é outra. Eu teimo com ele e ele diz "veja como o tamanho é menor". Eu me levanto do chão (estava deitado) e vejo que a torre tem a mesma altura nossa.

Vamos para o lado de fora (a torre instalada no terreno agora parece maior) e continuo sem entender qual a razão dela ali. Eu pergunto-lhe se a torre nova substitui o antigo poste de luz, já que ele eestá velho. Falo com receio do poste, pois acho que ele pode me aplicar uma multa por ter um poste antigo. Mas ele diz que não substitui, que preciso arrumar um novo poste.

Continuo a conversa, ele ri e pergunta se não o reconheço e digo que sim, que reconheço que ele é o ator Zécarlos Machado e que artisticamente ele usa os dois nomes juntos. Digo ainda o nome de uma novela que ele fez, para parecer que conheço a carreira dele, mas não me lembro de outras. Mesmo assim ele gosta e as pessoas que estão em volta também, se juntando meio que para pedir autógrafo.

Ele vai embora e vou para uma venda que há do lado da minha casa. Parece que é a primeira vez que vou ali, pois converso com as pessoas que falam como se não me vissem há muito tempo. Eu fico assustado pois tem muita coisa gostosa como bolo no pote, pães, doces variados e por um preço bom. Converso com uma senhora, que me traz lembranças do meu pai, das coisas que ele dizia quando ia ali e uma outra senhora vem e pergunta por ele e por minha mãe. A primeira sabe que ele morreu, mas a segunda senhora pergunta por ele e digo-lhe que ele fez uma viagem para outro plano. Ele entende o eufemismo que usei para morte. Olha pra mim e diz que eu me pareço muito com ele fisicamente, ainda que eu tenha traços da minha mãe.

Daí estou na sala de casa e meu pai saindo pra conferir as janelas e portas fechadas. Digo a ele que eu e minha mãe já tínhamos feito isso. Ele resmuga qualquer coisa e daí digo a ele: melhor ser claro no que vai fazer, senão você será mal interpretado pela minha mãe. Ele diz que precisava ver um vazamento no cano do lado de fora e então lhe empresto o celular para usar a lanterna dele. E do lado de fora há o cano perto do "relógio" de água e um pequeno vazamento em conta-gotas, que é consertado.

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